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domingo, 13 de maio de 2018

13 de maio - "Libertação dos Escravos"

Hoje, todo o Brasil comemora a Libertação dos Escravos, também chamado de Abolição da Escravatura. Será que realmente temos o que comemorar?
Trago aqui alguns tópicos históricos para refletirmos sobre o tema.

 - Como a escravidão começou? Começou quando os negros africanos vieram para o Brasil para trabalharem como escravos nas fazendas de cana-de-açúcar (engenhos). Os humanos, negros e africanos eram vendidos como produtos. Vieram em navios com péssimas condições de alimentação, onde diversas pessoas morriam de fome e de doenças, na qual muitos os que morriam eram jogados no oceano. Reparem que já começou errado. Por que somente negros foram escravizados?

 - Os povos africanos (negros) trouxeram com eles sua história, sua cultura, sua culinária, seus costumes. Só que, quando chegaram ao Brasil, não puderam exercer sua fé, devido a imposição da religião católica pelos portugueses (chamados de homens brancos).

 - As primeiras discussões sobre a escravidão no Brasil começou após a Independência do Brasil, pois D. Pedro I assumiu um compromisso com a Inglaterra em acabar com o tráfico de escravos até 1830. 

 - Na primeira metade do século XIX, os ingleses pressionava o Brasil para abolir a escravidão. Em 1844, a relação entre os ingleses e portugueses começaram a ficar abaladas, pois a Inglaterra começou a cobrar um imposto que ampliava as taxas alfandegárias de produtos importados e em 1845, os ingleses aprovaram uma lei que confiscassem todos os navios que transportassem escravos.

 - Diversas leis abolicionistas aconteceram. Quatro (pelo menos os que é nos ensinado na escola e que tenho conhecimento). Lei Eusébio de Queiroz, Lei do Ventre Livre, Lei dos Sexagenários e, finalmente, a Lei Áurea. Vamos ver um pouquinho sobre cada uma dessas leis:

LEI EUSÉBIO DE QUEIROZ (1850): proibia a chegada de escravos através de navios negreiros. Foi a primeira lei abolicionista depois da pressão da Inglaterra. Mas, o tráfico de escravos continuou a acontecer de forma clandestina.

LEI DO VENTRE LIVRE (1871): todos os filhos de escravos nascidos a partir desse ano estariam livres. Mas, e as mães? Não podiam deixar de trabalhar para cuidar dos filhos. As crianças ficaram com o seu senhor até os oito anos de idade. Depois disso, o senhor escolheria indenizar ou tornar escravo até os 21 anos de idade, ou seja, continuaria sendo escravo.

LEI DOS SEXAGENÁRIOS (1885): escravos a partir dos 65 anos de idade estariam livres. Ora, quase nenhum escravo chegava a esta idade devido as péssimas condições de trabalho e de saúde em que viviam. 

LEI ÁUREA (1888): assinada em 13 de maio de 1888, pela Princesa Isabel, essa lei proibia definitivamente a escravidão no Brasil. 

Alguns pontos para reflexão: 
  -> O Brasil foi o último país do continente americano a abolir a escravidão.
 -> Por que não proibiu em definitivo a escravidão desde 1850?  
 -> A lei Áurea não foi e nem é cumprida até hoje. Os escravos foram jogados a própria sorte, sem condições de moradia, de saúde e de trabalho e sem serem inseridos na sociedade. Consequência disso: os negros sofrem preconceito, racismo, tem mais dificuldades em conseguir emprego, e por aí vai...
 -> Na História coloca-se muito a situação do negro como escravo, mas, será que, hoje, todos nós não somos escravos de alguma forma? Temos o direito de ir e vir? Temos o direito a visitar os lugares que nós quisermos? Será que nós não dependemos do governo? Temos o direito de exercer nossa fé, nossos costumes sem sermos criticados? Todos temos saúde, educação, segurança, etc, de qualidade? Será que estamos, realmente, livres? Muito se tem que refletir sobre essas questões. 

 - A partir da década de 1880, houve mais rebeliões e conflitos, onde escravos fugiam cada vez mais das fazendas. Essas fugas já aconteciam desde o início da escravidão, mas com mais afinco na década de 1880. 

 - Quando os escravos fugiam, formavam comunidades chamadas de quilombos. Seus habitantes são chamados de quilombolas. Essas comunidades existem até os dias de hoje.  Quando os escravos fugiam, pessoas denominadas capitão-do-mato tentavam resgatar os escravos fugitivos. O Quilombo mais famoso foi o Quilombo de Palmares, em Alagoas, cujo líder era Zumbi, que foi morto no dia 20 de novembro de 1695, tendo esse mesmo dia o Dia Nacional da Consciência Negra.

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