Exposição:
ARTE E CULTURA DOS
POVOS INDÍGENAS.
De 11 a 30 de abril de 2017.
Casas Larangeiras, no Centro de Angra.
Entrada franca.
O projeto TEMPIAPO JOUPIVE (fazer artesanato juntos, tradução a grosso
modo) foi uma proposta cultural e de geração de renda com parceria de
duas ONGS: AFRO-BRASILEIRA e ONG IVA, com patrocínio do PROGRAMA LUZ
SOLIDÁRIA da ENEL.
Levou para a aldeia SAPUKAI em Angra dos Reis – RJ, noções de empreendedorismo e ideias para divulgar sua produção cultural.
Habitantes seculares das margens do rio Araguaia nos estados de Goiás,
Tocantins e Mato Grosso, os Karajá têm uma longa convivência com a
Sociedade Nacional, o que, no entanto, não os impediu de manter costumes
tradicionais do grupo como: a língua nativa, as bonecas de cerâmica, as
pescarias familiares, os rituais como a Festa de Aruanã e da Casa
Grande (Hetohoky), os enfeites plumários, a cestaria e artesanato em
madeira e as pinturas corporais, como os característicos dois círculos
na face.
Ao mesmo tempo, buscam a convivência temporária nas
cidades para adquirir meios de reivindicar seus direitos territoriais, o
acesso à saúde, educação bilingue, entre outros.
Os Maxakalí, enfrentam hoje o grande desafio de superarem as
dificuldades decorrentes de sucessivas administrações autoritárias, o
que se tem refletido nos graves problemas de embriaguês, desajustes
sociais e marginalização econômica.
A forma de luta adotada pelo
grupo tem sido a de opor resistência sistemática a casamentos
interétnicos e a mudanças na organização social e no seu universo
cultural, optando pela entropia e isolamento como ordenadores das suas
relações interétnicas.
Localização: Os vários grupos Maxakalí
ocupavam uma área compreendida entre os rios Pardo e o Doce,
correspondente ao sudeste da Bahia, o nordeste de Minas Gerais e o norte
do Espírito Santo.
Os remanescentes desses grupos, conhecidos
por Maxakalí nos dias atuais, vivem em duas áreas indígenas - Água Boa e
Pradinho - hoje unificadas na Terra Indígena Maxakalí, no município de
Bertópolis, cabeceiras do rio Umburanas, vale do Mucuri, no nordeste de
Minas Gerais.
GUARANI – ARTESANATO
Os Guarani são conhecidos por distintos nomes: Chiripá, Kainguá,
Monteses, Baticola, Apyteré, Tembekuá, entre outros. No entanto, sua
autodenominação é Avá, que significa, em Guarani, “pessoa”.
Este
povo vive em um território que compreende regiões no Brasil, Bolívia,
Paraguai e Argentina e se diferencia internamente em diversos grupos
muito semelhantes entre si, nos aspectos fundamentais de sua cultura e
organizações sociopolíticas, porém, diferentes no modo de falar a língua
guarani, de praticar sua religião e distintos no que diz respeito às
tecnologias que aplicam na relação com o meio ambiente.
Tais
diferenças, que podem ser consideradas pequenas do ponto de vista do não
indígena, cumprem o papel de marcadores étnicos, distinguindo
comunidades políticas exclusivas. Esses grupos reconhecem a origem e
proximidade histórica, linguística e cultural e, ao mesmo tempo,
diferenciam-se entre si como forma de manter suas organizações
sociopolíticas e econômicas.
Localização: MS, PR, RS, SC, SP, RJ, ES, PA, TO. Argentina, Bolívia, Paraguai.