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segunda-feira, 20 de abril de 2015

CAPOEIRAGEM NA BAHIA (PARTE FINAL)



NOS DIAS 27 E 28 DE JANEIRO DE 2015 FORAM POSTADAS AS MATÉRIAS “CAPOEIRAGEM NA BAHIA (PARTES 01 E 02). HOJE TRAGO A PARTE FINAL DESTA MATÉRIA.

NESTA ÚLTIMA POSTAGEM DA SÉRIE VAMOS VER AS HIPÓTESES DO APARECIMENTO DA CAPOEIRA, A DIFERENÇA ENTRE COIVARA E CAPOEIRA, A RELIGIÃO CANDOMBLÉ E A CAPOEIRA, COMO O ANTIGO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO VIA A PRÁTICA DA CAPOEIRA?  A REPRESSÃO POLICIAL COM A CAPOEIRA E O CANDOMBLÉ. O QUE OS CAPOEIRISTAS FAZIAM PARA QUANDO A POLÍCIA APARECIA?


EXISTEM TRÊS HIPÓTESES DO APARECIMENTO DA CAPOEIRA:
1º) VEIO DO NAVIO NEGREIRO JÁ FORMADO;
2º) FENÔMENO DO DESENVOLVIMENTO RURAL;
3º) FENÔMENO DO DESENVOLVIMENTO URBANO;

MAS, EM TODAS AS HIPÓTESES, A RAIZ DA CAPOEIRA É DA ÁFRICA PODENDO SER ORIGINADA DO POVO BANTU, ABAIXO DO SAARA.

EM 3 ESTADOS BRASILEIROS SE ENCONTRA A PRÁTICA DA CAPOEIRA: BAHIA, RIO DE JANEIRO E PERNAMBUCO.

MESTRE MORAES: “OS ÍNDIOS TINHAM DUAS TÉCNICAS DE AGRICULTURA CONHECIDAS: O COIVARA E A CAPOEIRA. O COIVARA É A QUEIMA DO MATO APÓS A COLETA. APÓS A QUEIMA, ESPERAVAM UM TEMPO E FAZIAM O REPLANTIO. A CAPOEIRA, OS ÍNDIOS CORTAVAM O MATO RALO, MAS NÃO QUEIMAVAM E DEPOIS FAZIAM O REPLANTIO NESSE ESPAÇO. NESSE MESMO ESPAÇO, OS ESCRAVOS PRATICAVAM O “NEM GOLO”. SEMPRE HOUVE DIFICULDADE DOS COLONIZADORES E DOS SENHORES DE ENGENHO DE ENTENDER A LÍNGUA DOS ESCRAVIZADOS E CHAMAVAM A PRÁTICA  DAQUILO QUE OS ESCRAVOS FAZIAM NAQUELE LOCAL PELO NOME DO ESPAÇO: CAPOEIRA.”

O “NEM GOLO” É UMA DANÇA DA TRIBO DE LUANDA, NA ANGOLA,QUE OS JOVENS DISPUTAVAM A MOÇA NA INICIAÇÃO. ESSES JOVENS QUE VIERAM PARA SEREM ESCRAVIZADOS TROUXERAM ESSA DANÇA QUE SE TRANSFORMOU NA CAPOEIRA, NA QUAL CHAMAMOS HOJE.

A CAPOEIRA MODERNA É MAIS SOCIÁVEL E MENOS NEGRA. A CAPOEIRA DA ÉPOCA É MAIS VINGATIVA, NA QUAL ATÉ SE UTILIZAVA NAVALHAS.
A INFLUÊNCIA DO ÍNDIO NA CAPOEIRA SE PERDEU. OS MESTIÇOS FORAM OS RESPONSÁVEIS PELA TRANSFORMAÇÃO DA CAPOEIRA PARA MAIS SOCIÁVEL.

CAPOEIRA, RELIGIÃO E SUA GENTE

GENTE DE QUALQUER PROFISSÃO PODE SER “CAPOEIRA”.

QUANDO A RELIGIÃO CANDOMBLÉ ERA PERSEGUIDA PELA POLÍCIA, QUEM O DEFENDIA ERAM OS CAPOEIRISTAS. OS TERREIROS DE CANDOMBLÉ ERAM FEITOS NO FUNDO DE QUINTAL. 

EXISTEM MOVIMENTOS DO CANDOMBLÉ QUE SÃO MUITO PARECIDOS COM OS DA CAPOEIRA.

O ANTIGO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO NO CAPÍTULO XIII QUE SE TRATAVA DOS VADIOS E DOS CAPOEIRAS NO SEU ARTIGO 402 DIZIA QUE: “Fazer nas ruas e praças públicas exercícios de agilidade e destreza corporal conhecida pela denominação CAPOEIRAGEM; andar em correrias, com armas ou instrumentos capazes de produzir uma lesão corporal, provocando tumultos ou desordens, ameaçando pessoas, ou incutindo temor de algum mal. PENA: Prisão de 2 a 6 meses."

NA DÉCADA DE 1920, A ORDEM EXPRESSA PARA A POLÍCIA ERA DE SUPRIMIR (ACABAR, CAIR NO ESQUECIMENTO) A CAPOEIRA E O CANDOMBLÉ. NA DESOBEDIÊNCIA IAM PARA O XILINDRÓ (PRISÃO). MAS A VADIAÇÃO INSISTE NAS LADEIRAS, BECOS, PRAIAS E SÍTIOS AFASTADOS. DAÍ SE A POLÍCIA CHEGASSE SE FAZIA O TOQUE DA CAVALARIA.

CRÉDITOS:

THIAGO DE MORAIS
Pesquisa

DOCUMENTÁRIO: CAPOEIRAGEM NA BAHIA (TVE BAHIA).
Fonte


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