Cássia Eller
Origem: Wikipédia
Cássia Eller
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Informação geral
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Nome completo
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Cássia Rejane Eller
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Nascimento
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Origem
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País
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Data de morte
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Período em atividade
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Gravadora(s)
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Universal Music
Som Livre
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Afiliações
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Rita Lee
Nando Reis
Renato Russo
Chico Buarque
Cazuza
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Cássia Rejane Eller (Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 1962 — Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 2001) foi uma cantora e violonista do rock brasileiro dos anos 1990.
Biografia/Carreira
Filha de um sargento pára-quedista do Exército e de uma dona-de-casa, seu nome foi sugerido pela avó, devota de Santa Rita de Cássia.
Nascida no Rio de Janeiro, aos 6 anos mudou-se com a família para Belo Horizonte. Aos 10, foi para Santarém, no Pará.
Aos 12 anos, voltou para o Rio. O interesse pela música começou aos 14
anos, quando ganhou um violão de presente. Tocava principalmente músicas
dos Beatles. Aos 18, chegou a Brasília. Ali, cantou em coral, fez testes para musicais, trabalhou em duas óperas como corista, além de se apresentar como cantora de um grupo de forró. Também fez parte, durante dois anos, do primeiro trio elétrico de Brasília, denominado Massa Real, e tocou surdo em um grupo de samba. Trabalhou em vários bares (como o Bom Demais), cantando e tocando. Despontou no mundo artístico em 1981, ao participar de um espetáculo de Oswaldo Montenegro.
Um ano mais tarde, foi para Minas Gerais, onde trabalhou como servente de pedreiro. "Fiz massa e assentei tijolos", contava. Na escola, não chegou a terminar o ensino médio, por causa também dos shows que fazia, não teria tempo para estudar.
Caracterizada pela voz grave e pelo ecletismo musical, interpretou canções de grandes compositores do rock brasileiro, como Cazuza e Renato Russo, além de artistas da MPB como Caetano Veloso e Chico Buarque, passando pelo pop de Nando Reis e o incomum de Arrigo Barnabé e Wally Salomão, até sambas de Riachão e rocks clássicos de Jimi Hendrix, Rita Lee, Beatles, John Lennon e Nirvana.
Teve
uma trajetória musical bastante importante, embora curta, com algo em
torno de dez álbuns próprios gravados no decorrer de doze anos de
carreira. De fato, somente em 1989 sua carreira decolou. Ajudada por um tio seu, gravou uma fita demo com a canção "Por enquanto", de Renato Russo. Este mesmo tio levou a fita à PolyGram, o que resultou na contratação de Cássia pela gravadora. Sua primeira participação em disco foi em 1990, no LP de Wagner Tiso intitulado "Baobab".
Cássia
Eller sempre teve uma presença de palco bastante intensa, assumia a
preferência por álbuns gravados ao vivo e ela era convidada
constantemente para participações especiais e interpretações sob
encomenda, singulares, personalizadas.
Outra
característica importante é o fato de ela ter assumido uma postura de
intérprete declarada, tendo composto apenas três das canções que gravou:
"Lullaby" (parceria com Márcio Faraco) em seu primeiro disco, Cássia Eller, de 1990 (LP
com 60.000 cópias vendidas, sobretudo em razão do sucesso da faixa "Por
enquanto" de Renato Russo); "Eles" (dela com Luiz Pinheiro e Tavinho
Fialho) e "O Marginal" (dela com Hermelino Neder, Luiz Pinheiro e Zé
Marcos), no segundo disco, O Marginal (1992).
Era homossexual assumida e morava com a parceira Maria Eugênia Vieira Martins, com a qual criava o filho Francisco (chamado carinhosamente de Chicão).
Ela teve seu filho com o baixista Tavinho Fialho. Ele faleceu em um
acidente automobilístico meses antes do nascimento de Francisco. Maria
ficou responsável pela criação do filho de Cássia após a morte de sua
companheira.
2001: o ano que não acabou.
2001 foi um ano bastante produtivo para Cássia Eller. Em 13 de janeiro de 2001, apresentou-se no Rock in Rio III, num show em que baião, samba e clássicos da MPB foram cantados em ritmo de rock. Neste dia, o organograma de apresentação foi o seguinte: R.E.M., Foo Fighters, Beck, Barão Vermelho, Fernanda Abreu e Cássia Eller. 190 mil pessoas compareceram a esta apresentação.
Entre maio e dezembro, Cássia Eller fez 95 shows. O que levou a cantora a gravar um DVD, nos moldes de sua preferência - ao vivo: o Acústico MTV, gravado entre 7 e 8 de março, em São Paulo, no qual Cássia contou com o um grupo de alto nível técnico e artístico: Nando Reis (direção musical/autoria, voz e violão em "Relicário" / voz em "De Esquina" de Xis), os músicos da banda Luiz Brasil (direção musical /cifras / violões e bandolim), Walter Villaça (violões e bandolim), Fernando Nunes (baixolão), Paulo Calasans (piano acústico Hammond e órgão Hammond), João Vianna (bateria, surdo, ganzá, ralador e lâmina), Lan Lan (percussão) e Thamyma Brasil (percussão), os músicos convidados Bernardo Bessler (violino), Iura (Cello), Alberto Continentino (contrabaixo acústico), Cristiano Alves (clarinete e clarone), Dirceu Leite (sax, flauta e clarineta), entre muitos outros. Este álbum foi composto por 17 faixas, acrescidas do Making Of, galeria de fotos, discografia e i.clip.
No fim do ano, ela se apresentaria na Praça do Ó, na Barra da Tijuca, no Rio, durante os festejos do réveillon. Faleceu dois dias antes, em 29 de dezembro. Foi substituída por Luciana Mello.
Em vários pontos do Rio de Janeiro, fez-se um minuto de silêncio
durante a comemoração da passagem do ano em memória de Cássia Eller.
Vários artistas também prestaram homenagem à cantora em seus shows, na
virada do ano.
Morte
Cássia Eller faleceu em 29 de dezembro de 2001, aos 39 anos, no auge de sua carreira, em razão de um infarto do miocárdio. A hipótese de overdose de drogas, considerada inicialmente como causa da morte, foi descartada pelos laudos periciais do Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro.