O FUNK
O Funk não surgiu no Rio de Janeiro
como algumas pessoas pensam (até eu pensava antes de fazer esta
pesquisa). O Funk surgiu nos Estados Unidos por volta dos anos 1960. É
um estilo bem característico da música negra norte-americana que foi
desenvolvida por artistas como James Brown, por exemplo, a partir da
mistura de outros ritmos como soul music, soul jazz, rock psicodélico e R
& B. Os músicos negros norte-americanos chamavam de funk a música
com um ritmo mais suave, como um ritmo mais lento, sexy, solto,... e
principalmente dançante. Na década de 1970, George Clinton desenvolveu
um funk mais pesado, influenciado pelo jazz e rock psicodélico, mas
outros gêneros surgiram nessa época.
Nos
anos 1980 o funk tradicional perdeu um pouco da popularidade nos EUA, a
medida que as bandas se tornavam mais comerciais a música eletrônica..
Seus derivados, o rap e o hip hop começaram a se espalhar. Parte de
antigos sucessos de funk começaram a ser copiados para outras músicas
pelo novo fenômeno das pistas de dança, a house music. Nessa época
surgiu algumas derivações do funk como Electro. Nos anos 80 surge também
o Funk-metal (ou funk rock) uma fusão entre guitarras e a batida do
funk em grupos como Red Hot Chili Peppers e Faith No More.
FUNK NO BRASIL
Esse contexto cultural surgiu no final da década de 1970 e início dos
anos 1980 no Estado do Rio de Janeiro (Brasil). É diferente do funk
originário dos Estados Unidos. Isso ocorreu pois na década de 1970 eram
realizados bailes black, soul, funk (neste caso o funk norte-americano),
com o tempo, os DJs foram buscando novos ritmos de música negra, mas o
nome original permaneceu. O funk carioca tem uma influência direta do
Miami Bass (porque eram músicas mais erotizadas e batidas mais rápidas) e
do Freestyle.
As primeiras gravações de funk carioca eram versões. Dentre os raps que
marcaram o período mais politizado do funk está o "Feira de Acari" que
abordava o tema da famosa Robauto, feira de peças de carro roubadas pela
cidade. Nessa época os bailes que eram feitos em clubes dos bairros do
subúrbio do Rio passaram a ser feitos nas ruas, onde várias equipes
disputavam para quem tem a aparelhagem mais potente (daí surge o DJ
Marlboro).
Com o tempo, o funk ganhou apelação entre moradores de comunidades
carentes. As músicas tratavam dos frequentadores: abordavam a violência e
a pobreza das favelas.
Na década de 1990, o funk carioca começa a formar sua identidade
própria. As letras refletem o cotidiano das comunidades. Muitos dos raps
surgiram através de concursos que faziam nessas comunidades, por isso,
se tornavam cada vez mais popular. Ao mesmo tempo o funk foi (e ainda é)
alvo de ataques e preconceitos porque surgiram em comunidades carentes e
também porque vários desses bailes eram chamados bailes de corredor,
onde as galeras se dividiam em dois grupos e com alguma frequência
terminavam em brigas repercutindo negativamente para o movimento funk.
Com isso havia ameaças de proibição dos bailes, o que acabou por causar
uma conscientização maior, através de raps (foi daí que surgiu a música
"Som de preto"). Em meio a isso, surge o FUNK MELODY (músicas melódicas e
românticas), destacando assim os cantores Latino, MC Marcinho, entre
outros.
Em 1995, os raps desceram os morros chegando as áreas mais ricas. O
programa da FURACÃO 2000 fazia sucesso (e faz até hoje com 40 anos de
muito funk), deixando de ser exibido apenas no Rio de Janeiro, ganhando
uma edição nacional. Nessa época Claudinho e Buchecha se tornaram
referência.
Gritos de guerra também surgiram como: " Uh, tererê", "Ah, eu tô maluco".
Paralelo a isso, surgiram o funk proibidão. São usadas nesse tipo de
funk, letras relacionadas ao tráfico, a sexo, a exaltações a grupos
criminosos locais e provocações a grupos rivais (os alemães).
Já nos anos 2000 o funk ganhou outros nomes como tamborzão, batidão,
pancadão, contribuindo quer outras pessoas se tornassem adeptas dessa
música. Outros gêneros musicais como pagode, forró, axé copiaram letras
eróticas e de duplo sentido do funk. Um dos destaques dessa fase é a
Tati Quebra Barraco que se tornou uma figura das mulheres que
demonstram resistência à dominação masculina em suas letras.
O funk passou a ter repercussão internacional. Na Angola, em 2007, surge o primeiro grupo de funk "Os Besta-Fera".
EM SETEMBRO DE 2009, A
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO RIO DE JANEIRO APROVOU PROJETO DEFININDO O
FUNK COMO MOVIMENTO CULTURAL E MUSICAL DE CARÁTER POPULAR.
CRÍTICAS:
- O funk é alvo de muitas críticas, entre elas, por ser pobre de
criatividade, por muitas das vezes, apresentar letras obscenas e vulgar
com apologia a drogas, tráfico, crimes, etc.
- Alguns bailes funk são feitos por traficantes para atrair usuários de drogas.
- Quase sempre os bailes funk não respeitam os limites de decibéis após as 22 horas, o que configura outra transgressão á lei.
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Bem, estou terminando por aqui o relato da minha pesquisa. Espero que
vocês tenham gostado e que lendo estas informações acabem com o
preconceito. Maiores informações podem consultar outras fontes em
livros, revistas ou na própria internet.
A fonte desta pesquisa foi feita no site da Wikipédia. Outras informações foram acrescentadas, pois já sabia anteriormente a esta pesquisa.